No inicio pensei em desistir, sair do lugar onde eu estava (três metros de distância do palco), mas a minha vontade de permanecer era maior. Queria ver de perto aquele show que prometia ficar para a história, minha história. A caco de telha, uma das promotoras do evento, prometia em suas propagandas que aquele show seria perfeito no quesito infra-estrutura, segurança e organização. Este ultimo, a propósito, faltou viu! Pelo menos em relação ao público.
Vários fãs acamparam na entrada do Parque de exposições nos dias que antecederam o evento com o intuito de garantir um lugar privilegiado. Não foi o meu caso. Achei que comprando uma entrada mais cara eu estaria livre dos tumultos e poderia prestigiar o show internacional de forma mais tranqüila e pacata, ledo engano, o que eu passei já citei nas primeiras linhas deste post. Mas faria tudo outra vez, faria tudo de novo por que no fim das contas valeu a pena. Ver a pop star internacional em suas belas performances (voz e expressão corporal), de perto, foi ma.ra.vi.lho.so.
O que faltou em organização, sobrou em talento por parte de Beyonce e Ivete. Primeiro, a abertura dos portões começaram com uma hora de atraso. Não tinha nenhum funcionário para explicar quais eram as entradas da pista normal, pista vip ou camarotes, inclusive, perguntamos a um rapaz que participava do evento como funcionário, se aquele acesso na nossa frente, próximo ao estacionamento, era a entrada da pista vip. Ele nos respondeu o seguinte: “Não, ali é a entrada dos garçons para o camarote”. Detalhe: tinha uma placa enorme, com letras garrafais, escrito: ENTRADA PISTA VIP. É claro que poderíamos nos posicionar no acesso indicado e ficarmos ali esperando a hora de entrar, mas não, achamos estranho aquele lugar não ter um pé de pessoa, enquanto do outro lado, milhares se amontoavam numa fila mal organizada, se espremendo para entrar primeiro no local do show.
Graças a algumas almas piedosas recebemos a informação de que a nossa entrada era realmente pelo estacionamento. Correria geral!!!!! Saímos feitos doidos para garantir um lugar bom. Quando chegamos lá, já no horário dos portões abrirem, várias pessoas estavam amontoadas perto das catracas, mas sem terem acesso. Uns gritavam: meu filho eu paguei para ter tratamento vip, isto aqui ta pior que a fila do SUS, outros retrucavam: fila do SUS não, lá pelo menos é organizado. Só sei que depois de muito empurra, empurra, conseguimos entrar. Lá dentro veio uma sensação de alívio e alegria por ter conseguido um lugar bacana. Comemoramos.
Outro ponto negativo foi a venda de bebidas, alias, é um ponto com dois desfechos. Um copo com quatrocentos mililitros custava quatro reais, um absurdo! Mais absurdo do que isso é que de fato era copo, mas não eram aqueles copos com tampa. Se você quisesse reservar a água para depois não tinha como, ou você bebia ou bebia, era a única opção. Para piorar a situação, não colocaram ambulantes vendendo no meio do povo. Se você quisesse consumir teria que se deslocar até o bar, mas quem é louco de sair do seu lugar depois de ter enfrentado horas a fio na fila momentos atrás???? Resultado: ninguém saia, todos morrendo de sede e, na hora do show, estavamos implorando por água a quem quer que seja (segurança, bailarinos, pessoal da manutenção e do apoio). Até Ivete mandou jogar garrafas de água quando o público implorou num coro uníssono: “água, água, água, água”. Como resposta ela disse: “tadinhos... estão aqui desde de manhã, né? Me dê água, aí! A minha mesmo, é... a minha”. Começando a jogar as garrafas para a multidão sedenta, que se engalfinhavam pela garrafa, dividindo uma garrafinha de 250ml, com uns dez (risos).
O caso depois de passado torna-se engraçado, mas foi f***, viu! Nunca tinha me imaginado nesta situação.
No próximo post faço um breve relato das performances das divas, até!
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