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sábado, 20 de outubro de 2007

Psiu! Preciso de silêncio

Psiu! Preciso de silêncio
Por Márcio Bacelar



“Olha o badalo do negão, badala, badala, badala aí o seu negão”... Esse é apenas um dos muitos refrões que complementam os fins-de-semana dos moradores da Praça São Braz no Bairro de Plataforma, Subúrbio de Salvador. Regado a muita cerveja, prostituição e tráfico de drogas, o som alto que sai dos carros estacionados na praça é mais um atrativo. Esse tipo de programa tem causado insatisfações aos moradores mais antigos da região, que decidiram dar um basta na situação.
Segundo Gideon Fernandes, 48 anos, integrante da AMPLA (Associação de Moradores de Plataforma), este problema vem ocorrendo há uns três anos, “Eles vêm, pára (sic) o carro aí na praça e ficam consumindo bebidas e os produtos dos vendedores das barracas. Ainda tem o apoio dos ambulantes e dos mais jovens. O pior é que eles nem moram por aqui, vem de longe pra infernizar nossas vidas. Os donos dos carros ainda se dizem policiais, mas são "X 9" compram uma carteirinha e ficam por ai querendo impor autoridade.”.
“Olha meu filho, a coisa é triste viu. Eu tomo remédio de noite pra dormir, senão, fico aí perambulando sem conseguir pregar o olho. Nem assistir televisão eu posso” ressalta Dona Tutuca, 72 anos, aposentada. Após várias reuniões com a SET, Policia Militar, Policia Civil, Sucom e a associação de moradores, o problema da falta de respeito parecia ter sido resolvido. “Um dia desses teve uma abordagem aí na praça, carros foram apreendidos, estabelecimentos foram multados e vendedores ambulantes foram autuados” diz João Teles, 24, trabalhador do Centro Cultural localizado na região.
O problema persiste, só que em menor escala. Mesmo depois da ação conjunta entre os órgãos oficiais, os motoristas continuam indo para o bairro, quando uma ronda da PM passa eles diminuem ou desligam e vão embora, mas depois retornam e ficam até altas horas com o som ligado. Transformando a praça em um banheiro a céu aberto, pois os dejetos são feitos ali mesmo. Menores consumindo bebidas alcoólicas sem a menor restrição e trajando modelitos que favorecem a prostituição infantil. Este tipo de problemática não é só comum no bairro de Plataforma. Eventos como esses ocorrem também em toda a cidade, um caso mais recente foi no bairro do Garcia, onde os moradores estão conseguindo contornar a situação.
Segundo a lei Nº. 5.354/98 Art. 3º os níveis máximos de sons e ruídos, de qualquer fonte emissora e natureza, em empreendimentos ou atividades residenciais, comerciais, de serviços, institucionais, industriais ou especiais, públicas ou privadas assim como em veículos automotores são de: 60 dB (sessenta decibéis), no período compreendido entre 22:00 e 7:00h e 70 dB (setenta decibéis), no período compreendido entre 7:00 e 22:00h;