quarta-feira, 10 de junho de 2009

PENSAMENTO ALHEIO - Everaldo Santos

ANJOS E DEMÔNIOS: EXCELENTE
Por Everaldo Santos Silva Jr.


Na última sexta-feira, dia 15 de maio, desembarcou nas telonas o filme Anjos e Demônios (EUA, 2009). Baseado no livro homônimo do badalado (e polemizado) autor americano Dan Brown, o filme é sem dúvida nenhuma esplendoroso, magnífico e digno de, no mínimo, um prêmio da academia do Oscar.


A trama da historia se passa, novamente, através da Igreja Católica. Uma conspiração para destruir a cidade do Vaticano em plena cerimônia de escolha do novo Papa, dá o tom do filme. Um grupo secular denominado Illuminatti, quer mostrar à maior religião do mundo, o poder da ciência sobre o Catolicismo, ao roubar 1 grama do que seria a anti-matéria ou Partícula de Deus. Esse material, gerado no Acelerador de Partículas da Suíça, teria poder para destruir a cidade e, assim, mostrar a supremacia do grupo.


Novamente quem assina os filmes de Brown é Ron Howard. O americano leva no currículo nada menos que o Oscar de Melhor Diretor por Uma Mente Brilhante (2001) e diversos prêmios por O Código DaVinci (2005). O homem que já fez 26 filmes é celebrizado em todo o planeta e aqui no Brasil é lembrado por Coocon (1985) e Apollo 13 (1995). Só isso.
As pessoas que lêem minhas resenhas de filme que me desculpem, mas não existem defeitos neste novo longa. Os efeitos especiais, que ficaram a cargo da CIS Vancouver, não deixaram nada a desejar, tampouco as locações.


O roteirista David Koepp, que assina nada menos que Homen-Aranha e Missão Impossível, deu o tom magnífico da trama que se passa na Itália e na Suíça. Seu feito mais espetacular, em parceria com os efeitos especiais, foi gravar cenas do filme dentro do Acelerador de Partículas. Nada realizado em estúdios, diga se de passagem.
Com a benção dos anjos e uma trilha sonora de tirar o fôlego, o diretor musical Hans Zimmer, vencedor do Oscar de melhor trilha sonora original por Rei Leão e indicado por Gladiador, arrancou suspiros dos espectadores dos cinemas. O áudio beirou à uma perfeição jamais vista em nenhum filme do gênero.


A estrela de ouro deste filme fica mesmo é com Tom Hanks. O ator de 40 filmes no auge de seus 52 anos, despiu-se de celebrizados personagens vividos em O Resgate do Soldado Ryan e À Espera de um Milagre, para dar lugar à Robert Langdon. O professor de simbologia perde sua característica de professor e percorre toda a trama na busca para salvar quatro cardeais e toda a cidade do Vaticano da destruição. Mesmo sendo um cientista que não tem tanta fé na Igreja Católica. Vá lá... Todo mundo tem defeitos.


O ator que alcançou o auge da carreira no papel de um homossexual aidético em Philadélfia (1993) e lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator, tem um desempenho excepcional, absolutamente fora do normal. Hanks muda o tom de seus celebrizados personagens bonzinhos desde Forest Gump: O contador de histórias, para entrar numa trama policial e religiosa, que hoje lhe cria uma dor de cabeça com a nostálgica Igreja Católica.


Problemas a parte, todo fã de cinema, de Tom Hanks, das obras de Dan Brown e de qualquer forma de entretenimento, deve ir ao cinema conferir o sucesso Anjos e Demônios. É melhor levar a pipoca, esse é ótimo.

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