sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Artigo – Programas Populares de TV


É grande o número de programas que utilizam a miséria alheia para se engrandecer. Por pior que possa parecer, esse tipo de programa vem se tornado corriqueiro e já tem bastante tempo no mercado midiático. Exemplos como “Se liga Bocão”, “Que venha o Povo”, “Na Mira”, “Balanço Geral” entre outros engrossam o caldo de programas populares que batalham pela audiência da massa miserável da Bahia.

O mais engraçado é quê entre um bloco e outro, produtos são comercializados. São eles que mantêm os programas. São motos, cervejas, produtos de beleza e também tem os que prometem acabar com doenças. O importante é ser anunciado entre uma desgraça e outra.

O apresentador mais popular de todos é Raimundo Varela. Iniciou sua carreira na TV Itapoan, passou para a Band entre 95/96, retornado para a primeira emissora em meados de 2000. A fórmula é sempre a mesma: programas que utilizam o escracho, o sarcasmo e a pobreza como pano de fundo, em troca o apresentador é agraciado por ajudar os menos favorecidos. Varela foi pupilo no passado de Fernando José, este, aproveitou sua popularidade e candidatou-se à prefeitura de Salvador. Não agradou e terminou “não matando a cobra e nem mostrando o pau”, experimentando do próprio veneno, já que utilizava o bordão para criticar.

É preciso que façamos jornalismo imparcial, em cima dos fatos e antes de qualquer coisa, ético. O que se vê nos tempos atuais é uma falta de respeito para com os cidadãos, principalmente os mais necessitados. Se toda essa energia gasta para fazer essa mistura horrenda de jornalismo humorístico fosse canalizada para o bem da população, boa parte dos problemas seriam sanados.E ainda existe apresentador que disse que estar em busca de desafios e que pretende fazer um programa de qualidade com apelo popular, sem baixarias e sem ser popularesco.



Artigo apresentado ao Centro Universitário da Bahia - FIB como requisito parcial para avaliação da disciplina Oficina de Jornalismo Impresso, orientado pela Professora Marlene Lopes.

2 comentários:

Lorena disse...

A impressão que tive é que existe um buraco entre o penúltimo e o último parágrago. Falta um elo que os ligue.
Quanto a imparcialidade Jornalística, Não exite e tanto estudantes, quanto profissionais formados sabem disso. Mas não vejo como ruim sermos parciais, o que não pode é essa parcialidade atrapalhar nosso desempenho no exercicio da profissão.
Também não são somente os Jornalistas, produtores, enfim, quem faz esses programas como culpados. A população, que GOSTA desse tipo de programa também tem culpa deles estarem tão na moda na televisão. E também de permitirem que seus dramas sejam expostos de tal forma.

Elai Bispo disse...

parabens um belo artigo
adorei