segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Cerâmica Maragojipense: a riqueza que sai do barro.


Por Márcio Bacelar

A feira de São Joaquim localizada na cidade baixa é um dos maiores celeiros culturais da Bahia. É pra lá que vai uma boa parte da cerâmica produzida em Maragojipinho, o artesanato de barro mais popular da Bahia, feito basicamente de argila e água. Esta riqueza natural é feita por artistas anônimos que em suas olarias produzem doze meses por ano artefatos que vão para os quatro cantos do mundo.
Lá é feito todo processo de fabricação da cerâmica que é artesanal, desde a extração até a decoração. O artesão que manipula o barro é chamado de oleiro. Toda produção é feita manualmente, não tem nada de eletrônico ou tecnológico nas olarias, o que remete a uma preocupação em manter a tradição. A atividade artesanal pode ser chamada de microempresa familiar, pois todas as etapas são feitas em família.
A extração do barro é feita geralmente nas fazendas que estão localizadas nas regiões circunvizinhas. Depois o barro é levado para as olarias e então é feita a separação, onde será utilizada apenas a argila, as impurezas posteriormente serão utilizadas na fabricação de tintas naturais. O trabalho mais pesado é feito pelos homens, eles são responsáveis pela extração e separação do barro, alem da criação, moldagem, e queima das peças. A burnição, e decoração das peças ficam a cargo das mulheres, elas utilizam pedra d’água e saco plástico para conseguir o brilho natural das peças. Já a pintura é feita com tintas própria para cerâmica - e em alguns casos feito do próprio barro – é utilizado também o pincel feito com pêlo de gato para fazer os detalhes.
O apoio que os oleiros têm é apenas profissional, ou seja, o Sebrae ajuda dando cursos de capacitação e aprimoramento da atividade exercida, sem influenciar ou ditar regras na fabricação já tradicional na região. Outros apoios vêm do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste que incentivam através de pequenos empréstimos e também na qualificação da mão-de-obra, além de pequenas parcerias com prefeituras locais e empresas particulares. Os artesãos estão organizados em associações que tem como finalidade integrá-los e instruí-los para um maior proveito de sua atividade profissional e têm como maior empecilho os atravessadores que compram as peças a baixo custo e revendem a preços exorbitantes nas feiras e exposições espalhadas no Brasil e no mundo.




Essa foi minha primeira matéria feita na faculdade. Pro periodo, ta massa! o mais engraçado é que a professoa me elogiou e tentou buscar na net pra ver se eu tinha plagiado ela. Ma garanto que saiu tudo da minha cabeça professora.


M´.

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