segunda-feira, 3 de novembro de 2008

NOÇÕES COOPERATIVISTAS DÃO ACESSO AO PRIMEIRO EMPREGO


POR MÁRCIO BACELAR

A busca pelo primeiro emprego é uma constante na maioria dos jovens brasileiros. Alguns projetos governamentais não deram certos, enquanto isso é crescente o número de jovens que aguardam a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. Para tentar amenizar este quadro, jovens do Subúrbio Ferroviário de Salvador buscam outras alternativas e vêem na criação de cooperativa outra forma de inserção.

Através do Projeto Jovem Cidadão do Parque, Geizana Araujo passou a integrar um grupo que faria um diferencial na região do parque São Bartolomeu. De sessenta jovens que se qualificaram profissionalmente, apenas vinte criaram a Cooperativa Juvenil de Serviços Turísticos São Bartolomeu - Cooparquetur.

O foco é despertar o empreendedorismo nos jovens da periferia e ajudar na criação de emprego e renda, estimulando-os a serem protagonistas de suas próprias atitudes. Como cita o site do PANGEA – Centro de estudos Sócio-ambientais, ONG que apóia essa iniciativa.

Através da ONG, os jovens recebem informações sobre construção e legalização de cooperativas e contam com apoio de profissionais qualificados. “Em alguns casos recebemos auxilio para pagamento de contas básicas como aluguel, água, luz e telefone”, complementa Geizana.

Os jovens queriam implantar um serviço turístico de qualidade onde os quatro núcleos trabalhariam de forma conjunta. “Após a visita guiada por integrantes do Guias do parque, os turistas assistiam ao show folclórico produzido pela Companhia de dança Omí Onã. Em seguida degustavam iguarias preparadas pelos integrantes do Núcleo de Quitutes da terra e por fim, compravam artesanatos produzidos pelo Ateliê de Objetos mágicos” diz João Santos, ex-integrante da cooperativa.

João informa que por causa da não revitalização do parque e por falta de financiamentos o projeto inicial foi modificado, fazendo com quê o grupo procurasse outros meios de sustentabilidade, tornando-se um pouco mais capitalista.

Hoje a direção da Cooperativa retirou o serviço de visita ao parque e inseriu o acesso à internet. Segundo Geizana é o núcleo que no momento traz mais lucratividade para eles. “A cooperativa para mim é um grande diferencial na minha vida, porque eu já tentei de diversas formas entrar no mercado de trabalho formal e não consegui”.
A Cooparquetur está legalmente registrada desde 2004, possui no momento vinte e seis cooperados, cada um contribui anualmente com R$ 100,00 (cem reais) em cota única ou dividida em quatro parcelas. Os lucros obtidos nos núcleos são divididos igualmente por todos os integrantes.

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